terça-feira, 23 de novembro de 2010

Naturalismo - prosa

No Brasil, a prosa naturalista foi influenciada por Eça de Queirós, com as obras O crime do padre Amaro e O primo Basílio (ambos da década de 1870). Todos os assuntos ligados ao homem, desde os mais bestiais até os mais repulsivos, foram introduzidos pelo Naturalismo, dessa forma as camadas desfavorecidas da sociedade ganharam voz. 
São características da linguagem naturalista: 

> determinismo: o homem é visto como produto do meio, privado de livre-arbítrio, à mercê de forças incontroláveis;
> preferência por temas de patologia social: tratavam da influência dos vícios, das taras, das doenças na formação do caráter do indivíduo;
> objetivismo científico e impessoalidade: o Naturalismo se apegou somente à precisão das teorias coentíficas, e atentou-se somente aos fatos; 
> literatura engajada: o Naturalismo apresenta intenção realista de reformar a sociedade. 

Um bom exemplo para “retratar” de um modo que seja melhor interpretado a prosa naturalista é a música Cósmica de Forfun, que mostra mostra o homem como produto de forças “naturais”.



Letra:
Cósmica, eletromagnética
Distribui sorrisos
Canaliza positivos ventos
Por onde passa
Quântica, calma e dialética
Ela olhou ele nos olhos
E virando o rosto ao vento que soprava
Em silêncio disse o que lhes era essencial
Beijando-o com a força de um amor atemporal
Tântrica, natural e mágica
O sutil e o corpóreo
No eterno e transitório
Instante que se passava
Em meio ao caos sublime da explosão sensorial
Surgiu a consciência do amor impessoal
Celebrando a vida e a infinita dança universal
Ela envolve a todos a envolvem
Encontrando a vida ao deixar fluir o curso natural
Celebrando a vida e a infinita dança universal
Ela envolve a todos a envolvem
Encontrando a vida ao deixar fluir o curso natural



Postado por: Keyse Costa
Fontes: Mundoeducação; Terra letras e YouTube

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O novo mundo do Naturalismo

As imagens abaixo retratam algumas características do naturalismo , representadas nas formas atuais do nosso cotidiano. 

A imagem mostra a violência que está sendo cada vez mais atuada nos tempos de hoje

A imagem descreve sobre a miséria que atualmente esse índice de pessoas pobres estão aumentando cada vez mais

 A imagem está mostrando o desejo humano , a vontade do amor carnal entre duas pessoas



Postado por: Raiana Souza
Fonte: Google imagens e Suapesquisa

Prosa romântica no século XXI

Romance urbano 
Apresentação do amor como o entendia na mentalidade romântica da época, com um amor sublimado, idealizado, capaz de renúncias, de sacrifícios, de heroísmos e até de crimes, mas redimindo-se pela própria força acrisoladora de sua intensidade e de sua paixão.
A partir da notável percepção de algumas caracteríticas desse estilo de época acreditamos que podem ser comparadas a alguns filmes românticos.
Um deles, que é um exemplo de filme preferido da maioria dos jovens é Um amor para recordar.
Com a presença do Subjetivismo onde o mundo do romântico gira em torno de seu "eu": do que ele sente, do que ele pensa, do que ele quer há também a exaltação do amor refletida nas atitudes, nos gestos, no sentimento mútuo dos personagens no filme, amor e morte, pois Jamie (a personagem principal) possuía leucemia e Landon (o ator principal) correu contra o tempo para poder realizar todos os sonhos de sua namorada antes que a morte os separasse além de sentimentalismo melancólico, desarmonias, e etc. 

Trailer: Um Amor Para Recordar. (A Walk To Remember). 

 




Romance regionalista 
Capitães da Areia - Jorge Amado (1937)

 Antônio Houaiss, no pósfacio do livro, confessou sentir inveja dos que vão ler os “adultificados” adolescentes (muitos deles crianças) de “Capitães...” pela primeira vez, defende o Jorge pela coragem em denunciar o descaso da sociedade (isso nos anos 30) com relação aos meninos de rua jogados ao deus-dará

Em “Capitães...” (que todo mundo troca a preposição “DA” por “DE”), Jorge exemplifica como e por que os trombadinhas existem, resistem, insistem, persistem e subsistem nestes tantos brasis, mesmo com a crítica pernóstica ostentando Jorge como vítima de suas próprias idealizações, como se a problemática dos menores abandonados fosse algo idealizado, só encontrado na ficção. A "cidade alta" com seus bairros ricos (Barra, Vitória e Graça) é que serve de cenário na história.  


Pedro Bala é o chefe de um grupo de jovens arruaceiros que roubam para sobreviver (é só você abrir os jornais todos os dias para encontrar vários deles por lá). 
Nunca ninguém havia mencionado em literatura um bando de jovens que engenhosamente desafia as autoridades, roubando a classe privilegiada e dividindo o produto do roubo entre os seus camaradas subnutridos. Talvez você lembre de Robin Hood (o herói mítico inglês, fora-da-lei que roubava dos ricos para dar aos pobres, no tempo do Rei Ricardo Coração de Leão), mas ele não pode ser comparado à vida dos meninos de rua em Salvador – até os dias de hoje, em pleno século XXI.
   
As denúncias feitas por Jorge são coisas assustadoramente contemporâneas (nada mudou). O reformatório é um antro de crueldades e a polícia os caçam como adultos antes de se tornarem um.  
O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impedi-lo, e todos eles estejam acostumados a "derrubar negrinhas" no areal.

Com os “Capitães...” aprendemos que “as crianças pobres são desgraçadas em toda parte, que os ricos perseguem e mandam em toda parte”, que “os homens valentes têm uma estrela no lugar do coração” e que “só a miséria dos homens é terrível”, além da maneira de Exu, orixá que representa o movimento, Jorge soube se comunicar com elites e camadas populares e transitou livremente entre a identidade e a verdadeira criação. Mas o Sistema de Repressão às crianças delinqüentes continua tão falho quanto nos anos 30, quando o livro foi escrito. Não se recupera ninguém em instituições fechadas que desrespeitam e punem, ao invés de educarem.  

Ps: (“CAPITÃES DA AREIA” de Jorge Amado, romance, Série Grandes da Literatura Brasileira, 250 págs, São Paulo, Círculo do Livro – 1937).


Romances históricos e indianistas  
Se na música de Lenine alguns dos índios que fizeram – na ficção e na realidade – a História do país podem ser vários e ao mesmo tempo só um, na literatura a representação do indígena se confunde com a formação da identidade nacional. Do heroísmo romântico de José de Alencar e Castro Alves ao heroísmo desconstruído pelos modernistas, os índios reafirmaram a identidade de cada um de nós. Todos brasileiros.

Lenine - Tubi Tupy



Letra:
Eu sou feito do resto de estrelas
Como o corvo, o carvalho e o carvão
As sementes nasceram das cinzas
De uma delas depois da explosão
Sou o índio da estrela veloz e brilhante
Que é forte como o jabuti
O de antes de agora em diante
E o distante galáxias daqui

Canibal tropical, qual o pau
Que dá nome a nação, renasci
Natural, analógico e digital
Libertado astronauta tupi
Eu sou feito do resto de estrelas
Daquelas primeiras, depois da explosão,
Sou semente nascendo das cinzas,
Sou o corvo, o carvalho, o carvão

Meu nome é tupy
Guaicuru
Meu nome é Peri
De Ceci
Sou neto de Caramuru
Sou Galdino, Juruna e Raoni

E no Cosmos de onde eu vim
Com a imagem do caos
Me projeto futuro sem fim
Pelo espaço num tour sideral
Minhas roupas estampam em cores
A beleza do caos atual
As misérias e mil esplendores
Do planeta Neanderthal

Meu nome é tupy
Guaicuru
Meu nome é Peri
De Ceci
Sou neto de Caramuru
Sou Galdino, Juruna e Raoni



Postado por: Keyse Costa e Maiara Correia
Fontes: Wikipédia; Jornal o Rebate; ConexaoAluno.rj; Vagalume e YouTube

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Reflexos do Brasil moderno

O modernismo começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. 
É perceptível que, podemos encontrar essas características no decorrer dos anos até os dias de hoje.
Podemos tomar como base a música “Brasil”, que foi cantada por Cazuza em (1987), um ano antes de virar tema de abertura da novela “Vale Tudo” (1988) na voz de Gal Costa, tem características como liberdade no uso de palavras, textos diretos, liberdade de expressão de pensamentos além da presença do nacionalismo. 



Letra:
Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...
Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer "sim, sim"
Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...
Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair...
Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...(2x)
Confia em mim
Brasil!!

Outra característica do Modernismo encontramos na charge abaixo: “língua brasileira” - falada pelo povo nas ruas.
Por exemplo: "baianês",  variação dialética que se fala na cidade de Salvador, capital da Bahia.



Semana da Arte Moderna

Ps: Clique na imagem para melhor definição  

Um dos cartazes da Semana, satirizando os
grandes nomes da música, da literatura e da pintura

A Semana de Arte Moderna de 22, realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos. 
Seu objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922.

Capa de Di Cavalcanti para o Catálogo da Exposição


 
Postado por: Keyse Costa e Maiara Correia
Fontes: Sp5/fotolog; Terra letras; Pitoresco/semana e YouTube
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