Pré-Modernismo

DEFINIÇÃO 
Foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e modernismo. 
CARACTERÍSTICAS  
>Ruptura com o passado, principalmente em Augusto dos Anjos que afronta a poesia parnasiana ainda em vigor;
>Denúncia da realidade brasileira, mostrando o Brasil não oficial do sertão, dos caboclos e dos subúrbios;

>Regionalismo N e NE com Euclides; Vale do Paraíba e interior paulista com Lobato; ES com Graça Aranha e subúrbio carioca com Lima Barreto;

>Tipos humanos marginalizados (sertanejo, nordestino, mulato, caipira, funcionário público);

>Apresentação crítica do real na ficção.


NO BRASIL 
Entre o final do século XIX e no começo do século XX, o Brasil também viveu sua "bélle époque", período nem que nossa literatura caracterizou-se pela ausência de uma única diretriz. Houve um sincretismo estético, um entrecruzar de várias correntes artísticas. O país vivia uma constante tensão. Alguns autores refletiam o inconformismo diante de uma realidade sócio-cultural injusta e já apontavam para a irrupção iminendo do movimento modernista. Por outro lado, muitas obras ainda mostravam a influência das escolas passadas. Essa diversidade de tendências, Alceu Amoroso Lima chamou de Pré-Modernismo.
Por apresentarem uma obra significativa para uma nova interpretação da realidade brasileira e por seu valor estilístico, limitaremos o Pré-Modernismo ao estudo de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos.


Resumindo
De um lado, ex-escravos, imigrantes e proletariado nascente; de outro, uma classe conservadora, detentora do dinheiro e do poder. Acentuando cada vez mais os fortes contrastes da realidade brasileira. Foi nesse contexto que surgiram mudanças na arte brasileira, servindo de cenário ideal para os questionamentos da Semana de Arte Moderna.

O caráter inovador de algumas obras, que representou uma ruptura (quebra) com o passado, com o academismo; obras ponteadas de palavras "não-poéticas" (como cuspe, vômito, escarro, vermes) eram uma afronta à poesia parnasiana, ainda em vigor.
Lima Barreto ironiza tanto os escritores "importantes" que utilizavam uma linguagem pomposa, quanto os leitores que se deixavam impressionar.
Na maior parte das obras pré-modernistas é imediata a relação entre o assunto e a realidade contemporânea ao escritor.





Postado por: Keyse Costa
Fontes: Preemfoco.blogspot e Graudez




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